
Quando conversamos com alguém ou sobre alguém falamos seu nome e, muitas vezes, usamos também pronomes no lugar do nome. Ela pra mulher ou menina; ele pra homem ou menino. Simples assim? Não pra muita gente. Não pra nós. Acreditamos que essas simplificações já não têm mais vez no nosso tempo e contexto.
O pronome – assim como o próprio nome, a forma de se vestir, se relacionar, expressar sua identidade – são escolhas pessoais. E foi pra tornar evidentes essas escolhas que muitas pessoas passaram e mencionar seus pronomes nas bios das redes sociais, nas assinaturas de e-mail ou verbalmente, ao iniciar uma conversa. Desde as formas usuais – ele, dele, ela, dela – até as inovações, como elu, delu.
Essa é uma causa genuína de pessoas trans, intersexo e não-binárias. São elas que tantas vezes sentem a dor de não ter suas decisões respeitadas. Comunicar-se usando os nomes e pronomes adotados por alguém é o mínimo pra promover um ambiente inclusivo. Ignorá-los é um ato de preconceito, uma forma sutil de negar seus direitos.
Ao incluir os pronomes em todas as nossas assinaturas declaramos nossa posição em relação a esse tema. Convidamos a evitar o que apenas parece óbvio: supor o pronome ao avaliar a aparência ou o nome de alguém. E disseminamos mais amplamente o que deveria ser óbvio: o respeito a todas, todos, todes.